Militante anarquista espanhola.
Nasceu em Madri filha de dois dos mais conhecidos anarquistas catalães Joan Montseny (Federico Urales) e Teresa Mané (Soledad Gustavo), fundadores em 1898 de uma das mais importantes publicações do anarquismo ibérico, a Revista Blanca.
Desde cedo Federica Montseny militou na CNT, tornando-se famosa como oradora, ao mesmo tempo que colaborava com as atividades editoriais de sua família. Em 1930, passa a viver com o também militante anarquista Germinal Esgleas.
A partir de 1936 integra o comitê regional da CNT e o comitê pninsular da FAI.
Durante a Revolução foi escolhida para integrar o Governo Republicano como ministra da saúde. Esta participação embora tenha obtido um amplo apoio do movimento, gerou polêmica e divisões entre os anarquistas. Durante o tempo em que foi ministra aprovou uma lei legalizando o aborto. Com a derrota exilou-se em França, onde esteve várias vezes presa.
Foi uma personagem central do Movimento Libertário no exílio, mantendo ao longo de toda a sua vida uma atividade militante, fazendo parte do grupo que se opôs ao frentismo e colaboracionismo político. No entanto, contraditóriamente, mereceu críticas, entre setores das Juventudes Libertárias, por se opor às tentativas de manter atividades clandestinas em Espanha, principalmente ações armadas.
Faleceu em Toulouse (França) a 14 de janeiro de 1994.