Protopia Wiki
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Nós temos a pinga; a pinga é nossa!!!

O brasileiro precisa valorizar a pinga!!!

O brasileiro precisa de um cinema feito ao preço de pinga e, melhor ainda, movido a pinga!!!

E filmes baratos são, quando com razão de existirem, superiores as megas-ultras-bombas barretizadas com o aval dos poderosos governantes (corruptos) brasileiros, capachos da Globo e seu jeitinho de realizar especiais de TV no cinema!!!

E filmes baratos são, quando eficientes, a melhor forma de contestar o poder, o sistema e a linearidade da história oficial deturpada-estuprada-destripada!!!

E pego três filmes meus como exemplos de que filmes baratos são insuperáveis[1]: "Deus - O Matador de Sementinhas" (1997, Caos Filmes, co-dirigido por Carli Bortolanza, curta-metragem) que não custou nada (e quando escrevo nada significa, realmente, nada) e causou repulsa em todo o equivocado mundinho cristão das floridas aparências de alegrias e felicidades forçadas. "Zombio" (1999, Canibal Filmes, média-metragem), filminho gore adolescente que custou R$ 300,00 e quem viu (incluindo a gringaiada dos U.S.A e Europa) ficou babando com os efeitos sangrentos e com o ritmo debochado com que retratei os jovens da insuportável classe-média brasileira. E, finalmente, "Sacanagens Bestiais dos Arcanjos Fálicos" (1998, Canibal-Mabuse Produções, longa-metragem), que custou R$ 1.200,00 e causa, ainda hoje, estranheza na humanidade descerebrada de qualquer parte do mundo e, indiferente de ideologias, religiões e status social, obriga-as a repensar seus preconceitos e objetivos na vida em sociedade. Para o Kanibaru Sinema nenhum dogma é sagrado!!!

Sim, mancebinho do sistema, sou completamente contra o absurdo nonsense do governo brasileiro em dar 12 milhões de reais para um produtor realizar apenas um mísero filme. Se a idéia é o governo patrocinar o cinema brasileiro dito oficial, precisamos contestar estes valores. Pense bem, produzindo filmes de 100 mil reais (sim, é possível realizar obras-primas com este valor, sem corrupção lógico!!!), com estes mesmos 12 milhões, ao invés de um filme, teríamos 120 filmes de 100 mil cada um, com possibilidade de lucro e explorando as mais diversas temáticas possíveis!!! Apesar de não acreditar em artistas que trabalham com dinheiro público, acredito que assim a partilha deste dinheiro roubado do povo seria mais justa, contemplando 120 puxa-sacos do sistema, ao invés de apenas um.

Por isso acredito no cinema feito ao preço de pinga, por isso afirmo que precisamos de um cinema movido à pinga e concluo gritando aos barretões e barretinhos do cinema nacional que cada Monstro Legume[2] saído de nossos quintais sujos vale por mil Paixôes de todas Jacobinas[3]!!!


Referências

  1. Para aqueles que gostariam de saber sobre a Canibal Filmes, sugiro que adquiram o zine "Criaturas Psicotrônicas de Outro Espaço (ou Transgressões de Petter Baiestorf)", editado pelos mineiros Jack Zombie e Roger Psycho, são 44 páginas com a história da Canibal, várias entrevistas comigo, capas e resenhas dos filmes. Este zine pode ser adquirido pelos e-mails: jackzombie@ig.com.br ou rogerpsycho@ig.com.br (nota de P. B.)
  2. O Monstro Legume é um alienigena libertário, mas niilista, que criei em 1995 como personagem principal do longa "O Monstro Legume do Espaço", produzido com mil reais e que se tornou conhecido por todo o universo underground nacional como sinônimo de resistência contra os poderosos, tendo vendido na época perto de mil cópias em fitas VHS, com divulgação feita exclusivamente em fanzines e shows de bandas undergrouds. (nota de P. B.)
  3. "A Paixão de Jacobina" (2001) de Fábio Barreto, produzido gastando muito dinheiro, pela família Barreto


Manifesto Canibal
Nordestern E O Triunfo Do Cinema Nacional (Souza) Cinema Ao Preço De Pinga (Baiestorf) Queimando Mais Um Cigarro ... (Souza)



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